POR GABRIEL JOSÉ
Estudante de Cinema da UESB
Do que poderia ser a pior das negações da vida, a prisão é forma de punição encontrada pelo Estado para àqueles que transgridem a lei, a moral e a ética, estas que historicamente originam-se de conceitos civilizacionais que encontram fundamentos na tradição de culturas religiosas, curiosamente como a concepção da ideia de “redenção”, esta que dá o título original a este filme. Algo que muitos filósofos modernos consideram um equívoco, tal como a muito influente romancista e filósofa AynRand, que defende que o código do bem e do mal do homem, com as conotações emocionais de elevação, enaltecimento, nobreza, reverência, grandiosidade pertencem somente ao universo dos valores do homem, os quais, segunda a autora citada, a religião indevidamente se apropriou.
Um Sonho de Liberdade (The ShawshankRedemption, 1994) é um filme imensamente popular e que sobreviveu com louvor aos tempos. É um clássico do cinema. Adorado, televisionado, revisto, presente nos tops de cinéfilos, bem avaliado por público e crítica. No entanto, eis um filme de prisão – o mais horrendo e temível destino de todo cidadão. Eleito por muitos o melhor filme de todos os tempos (o filme está atualmente em 1º lugar no TOP250 De Todos os Tempos do IMdb, que é o maior banco de dados sobre cinema do Mundo), este drama de prisão excede qualquer expectativa do espectador. Seja ela do tamanho que for.