POR GABRIEL JOSÉ
Estudante de Cinema da UESB
Criado pelo escritor irlandês BramStoker no final do século XIX, Drácula certamente é um dos personagem mais revisitados da história da cultura pop, com tantas versões diferentes que fica difícil cobrar por “fidelidade ao original”, sendo mais proveitoso esperar que as movas versões deste interessante personagem que apareçam no passar dos anos venham em boas obras, em qualquer mídia que for.Infelizmente, este não é o caso de “Drácula – A História Nunca Contada”, primeiro longa da tentativa da Universal de reviver os monstros clássicos em um universo compartilhado. Não há problema nenhum em humanizar o personagem-título ou transformá-lo em um herói trágico em suas origens. O problema é fazê-lo em um filme que renega o mundo bárbaro e sedutor no qual ele está inserido.
Dirigido por Gary Shore e roteirizado por Matt Sazama e Burk Sharpless (todos relativamente estreantes), o longa tem VladDracul (Luke Evans) como um príncipe benevolente da Transilvânia que, quando criança, foi entregue como refém real para os turcos. Obrigado a lutar ao lado de seus captores, Vlad ficou conhecido como o Empalador, um guerreiro brutal e monstruoso.Após mais de uma década de paz, ele recebe a exigência do sultão Mehmed (Dominic Cooper) de entregar mil crianças de seu reino, assim como seu próprio filho, para servirem ao exército turco.