METAMORPHOSES (RECORD, 2004)
Nem mesmo o investimento milionário feito pela Record e a presença de inúmeros globais em seu elenco salvaram a trama do fracasso.
Com um enredo complicado que mesclava cirurgias plásticas, joias misteriosas e até mesmo a máfia japonesa, o folhetim afugentou o público e chegou a registrar audiência próxima a 0, para desespero dos bispos.
Os bastidores conturbados também contribuíram para o fiasco da produção, que, ao longo de seus cinco meses de vida, trocou de autores, diretores e até mesmo de elenco, renovando-se por completo diante dos telespectadores.
Abruptamente cancelada, a novela sequer teve um último capítulo e o desfecho de inúmeros personagens foi revelado por um narrador. Participaram desta excêntrica trama nomes como Paulo Betti, Paolla Oliveira, Joana Fomm, Gianfrancesco Guarnieri, Rodrigo Lombardi e Luciano Szafir.
BANG-BANG (GLOBO, 2005)
“Bang Bang” (2005) – Acostumada ao êxito quase ‘automático’ de suas novelas, a Globo se assustou com a repercussão negativa do primeiro folhetim ambientado numa espécie de velho oeste imaginário.
A baixa audiência da trama beneficiou a Record, que, na mesma época, viu sua “Prova de Amor” cativar o público. Meses após a estreia, o autor Mário Prata precisou abandonar o trabalho, confessando estar soterrado pelo estresse gerado pelo fiasco da produção.
Coube ao veterano Carlos Lombardi a missão de tentar salvar o folhetim, que chegou ao fim como um dos mais criticados da história da Globo. Sua média-geral foi de 27 pontos, número considerado baixo até mesmo para os padrões atuais.
OS RICOS TAMBEM CHORAM (SBT, 2005)
Conhecido pela simplicidade de suas produções, o SBT decidiu romper com o estereótipo e apostar em uma novela de época caprichosamente realizada.
O resultado no ar, porém, não cativou o público e, devido ao enredo morno, “Os Ricos Também Choram” – remake de uma novela mexicana de enorme sucesso na década de 80 – derrubou a boa audiência de “Esmeralda”, sua antecessora.
Estrelado por Thaís Fersoza e Márcio Kieling, o folhetim foi um dos mais caros da história da emissora e esteve longe de trazer o retorno desejado pela Casa. Pouco lembrada pelo público, a novela é uma das únicas que o SBT nunca reprisou.
PAIXÕES PROIBIDAS (BAND, 2006)
Paixões Proibidas” (2006) – Numa decisão ousada, a Band decidiu co-produzir uma novela de época com o canal português RTP1 e, para tal, investiu maciçamente na montagem do elenco.
Na época, a emissora do Morumbi estava animada com os bons resultados obtidos pela reprise de “Mandacaru”, trama da extinta Rede Manchete, e decidiu produzir uma novela que apostava em dois pilares: sequências violentas e cenas sensuais.
Nem mesmo a ‘dobradinha’ surtiu o efeito desejado e a trama passou quase despercebida pelo público. Desesperada, a Band decidiu exibir “Paixões Proibidas” à tarde, promovendo inúmeros cortes em seu roteiro. A estratégia, porém, também não funcionou.
No dia do último capítulo do folhetim, a emissora tomou uma atitude curiosa e leiloou itens dos figurinos e cenários da novela para angariar fundos para um hospital.
AMOR E REVOLUÇÃO (SBT, 2011)
Grande campeão de audiência da Record, o novelista Tiago Santiago não obteve o mesmo sucesso nos anos em que esteve no SBT.
Apostando num enredo que – tal qual denunciava seu título – tentaria reunir romance a ação, a trama foi mais uma a ter altíssimo custo e amargar baixíssima audiência, não obstante seu rico pano de fundo histórico.
Os erros de escalação no elenco, o excesso de cenas de tortura e o texto excessivamente didático foram, na época, apontados como os principais erros da novela, que nem mesmo exibindo o primeiro beijo lésbico da história da TV brasileira conseguiu se destacar.
‘Traumatizando’ Silvio Santos, “Amor e Revolução” foi a última novela adulta produzida pelo SBT, que passou a investir no nicho infanto-juvenil, alcançando grande êxito.
MÁSCARAS (RECORD, 2012)
Antes de sua estreia, um executivo da Record afirmou que a trama de Lauro César Muniz atingiria 20 pontos de audiência. Na prática, ela sequer atingiu um terço deste número.
Com um enredo extremamente complexo e cheio de mistérios, a novela afugentou o público e levou a dramaturgia da Casa a perder cerca de 50% de seus telespectadores, marcando o fim de índices que não foram recuperados desde então.
O folhetim dividiu opiniões até mesmo entre seu elenco. Enquanto Luíza Tomé reclamou publicamente de sua personagem, Paloma Duarte e outros colegas redigiram uma “carta de amor” à novela, defendendo-a e alegando que a imprensa a desprezava.
A Record, no entanto, não compartilhou do mesmo sentimento e passou a exibir “Máscaras” às 23h40, levando-a a permanecer no ar em plena madrugada. No fim, a novela teve a metade da duração inicialmente cogitada pela emissora.
GUERRA DOS SEXOS (GLOBO, 2012)
A Globo ainda saboreava o sucesso de “Cheias de Charme” quando promoveu a estreia do remake de “Guerra dos Sexos”.
O folhetim de Silvio de Abreu, porém, não repetiu o sucesso de seu homônimo e, não obstante seu elenco estelar, fez com que a audiência da Globo despencasse de 31 para 23 pontos de média-geral.
A simplicidade do enredo – repleto de cenas de ‘comédia pastelão’ – aliada ao horário de verão, que tradicionalmente diminui o número de telespectadores, foram apontados como os principais causadores do naufrágio da novela.
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