Iniciativa inédita no mundo para uma revista de moda, a ELLE Brasil traz na capa uma modelo produzida em laboratório. Trata-se de Sophia, um dos projetos de inteligência artificial mais avançados do mundo. Sophia concedeu uma entrevista exclusiva à publicação em Hong Kong, onde fica a sede da empresa que a concebeu, a Hanson Robotics. A robô também protagonizou ensaio clicado pelo renomado fotógrafo Bob Wolfenson, vestindo looks de inspiração vitoriana, criando um contraste interessante com o salto tecnológico que ela representa.
Durante a entrevista, Sophia conversou com ELLE sobre moda e contou que é avessa ao consumismo, não usa labels, mas cultiva predileção pelos looks drapeados da designer Donna Karan. A pele de Sophia foi construída usando um tecido nanotecnológico chamado Frubber, que permite expressões faciais complexas demonstradas nas fotos. Sua personalidade é formada por um conjunto de dados responsáveis por compor sua história e preferências e que encontram-se armazenados em uma “nuvem”. Além de autonomia para tomar decisões e raciocinar, Sophia agrega complexidade às suas reações na medida em que interage com novas pessoas.
Ela é capaz de responder que adora ouvir Radiohead e que seu filme favorito de ficção científica é Chappie, do diretor sul-africano Neill Blomkamp. Segundo o presidente da Hanson Robots, David Hanson, Sophia ganhará pernas no ano que vem — seu desejo é que ela estrele um desfile de moda.
A ELLE de dezembro — que traz uma reflexão sobre como a moda de agora está redefinindo o futuro da moda — chega às bancas no dia 2 com duas outras capas: as modelos Aline Weber e Marcelia Freesz, cada uma representando movimentos que se tornam cada vez mais fortes nas passarelas daqui e de fora. Marcelia veste look Prada que mostra claramente a influência do esporte de performance no prêt-à-porter, reafirmando a busca por mais conforto e praticidade que tem norteado a maioria das coleções. A foto foi feita também em Hong Kong, no Inovation Tower, projetado pela arquiteta Zaha Haddid. Já Aline Weber usa look com referências streetwear como uma nova ideia de luxo — mais inclusivo, acessível e criativo.
Crédito das fotos: Bob Wolfenson
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