quarta-feira, 28 de outubro de 2015

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: COMO A FISIOTERAPIA PODE CONTRIBUIR?



DISCENTES 
6º SEMESTRE DO CURSO DE FISIOTERAPIA/FAINOR

No ano de 2006, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Mundial de Neurologia, com o intuito de provocar o interesse dos profissionais de saúde e de todo o público na luta por melhorias nas condições de tratamento e prevenção do Acidente Vascular Encefálico (AVE), determinou o dia 29 de outubro como o Dia Mundial do AVE, também conhecido como AVC ou popularmente como derrame cerebral. Trata-se, segundo a OMS, da terceira maior causa de mortes no mundo em indivíduos adultos e a primeira no Brasil, sendo responsável por 100 mil óbitos ao ano, com elevado índice de morbidade.

O AVE pode apresentar-se de duas formas: isquêmica, quando existe uma obstrução de uma artéria que irriga o cérebro, ou hemorrágica, quando há um rompimento de uma artéria cerebral. Ambas interferem no fluxo sanguíneo cerebral, tornando-o insuficiente em determinada área e prejudicando a entrega de glicose, oxigênio e demais nutrientes ao cérebro, vitais ao seu bom funcionamento. Condições como aneurisma, hipertensão arterial (pressão alta), doenças cardíacas, dentre outras, podem gerar essa doença.


Para identificar um possível quadro de AVE, é necessário estar atento aos sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo, que podem ser desequilíbrio, tontura, visão embaçada, fraqueza muscular, fala enrolada, dificuldade de se levantar, dormência ou sensação de formigamento em uma parte do corpo, podendo gerar convulsões e incontinência urinária. Rapidamente, é solicitado ao indivíduo que levante os braços para testar a força muscular, e para que sorria, observando assim possíveis desvios na boca e, havendo alguma diferença, deve-se imediatamente entrar em contato com um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), pois o rápido atendimento é essencial para um melhor prognóstico.

O tratamento precoce aumenta a chance de preservação cerebral, reduzindo os riscos de sequelas como paralisia e perda da fala, assim como o risco de morte. Para isso, é fundamental o envolvimento de uma equipe multidisciplinar, com a essencial participação de profissionais da Fisioterapia, que tem uma grande importância na recuperação funcional do paciente, desde os primeiros instantes após o diagnóstico. Sua atuação envolve os períodos iniciais após o AVE, interferindo na preservação das funções respiratórias e na orientação de posturas adequadas, passando pelas fases intermediárias, que visam preservar os movimentos, trabalhando fatores como tônus e trofismo musculares, amplitude de movimento e força, estabilização e controle de tronco e da cervical, estimulando o máximo potencial funcional do paciente, chegando até as fases mais avançadas da recuperação, buscando a maior autossuficiência possível.

O índice de dependência após o AVE é muito alto, inclusive o abandono das atividades de vida diária. Portanto, o melhor a fazer é prevenir. A prevenção engloba o controle de vários fatores de risco vasculares como a pressão arterial, diabetes, colesterol, triglicérides, doenças cardíacas, além da necessidade de manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regulares sob orientação profissional, e evitar o tabagismo e etilismo.
Não deixe o AVE te paralisar. Engaje-se nessa luta!

*Discentes – 6° semestre do curso de Fisioterapia/FAINOR: Adriene Reis, Aline Couto Granja, Calinca Nolasco, Claudya Rayanna, Érica Pessoa, Jaielen Smile, Sarah Sales
Matheus Silva d’Alencar (Professor – Fisioterapia em Neurologia/FAINOR)

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