sábado, 31 de janeiro de 2015

SÉTIMA ARTE EM DESTAQUE: THE BABADOOK



POR GABRIEL JOSÉ
Estudante de cinema da UESB

Um filme de terror com histórias de fantasmas ou demônios que perseguem crianças já está batida há tempos. Atividade Paranormal, Possessão e Mama é alguns exemplos recentes. E agora, podemos adicionar The Babadook na lista. Porém, vou logo avisando: sem dúvidas, esse filme é um dos triunfos desse ano que vem enfrentando o excesso de péssimos filmes.

O filme australiano explora a história de Amelia (a talentosa Essie Davis, do filme Quarentena [2005]) e seu filho Sam (NoahWiseman), que perdeu o pai de uma forma violenta sete anos atrás. O terror começa quando o garoto encontra um misterioso livro infantil chamado “O Senhor Babadook” e acaba libertando uma terrível criatura.

A cena inicial é muito boa e muito objetiva ela não perde tempo em  estabelecer o conflito apresentado na película ela te joga em uma maré de luto e pesar .


Os aspectos técnicos desse filme são primorosos. A Edição é bem objetiva ela nunca mostra mais que o necessário, ´´o jogo´´ câmera som, câmera, musica  é muito bom pra compor a atmosfera do filme, o jogo de cenas meio que se complementam a favor da historia

Saindo um pouco dos aspectos técnicosThe Babadook  demora um pouco pra engrenar no clímax de terror mas não que isso desfavoreça  os critérios qualitativos do filme, muito pelo contrario  devido ao fortíssimo subtexto do filme , o primeiro ato não bem um filme de terror  ele é sobre perda, luto ,culpa , a dificuldade de ser mãe viúva repressão das emoções .

Quando o Babadook começa se manifestar ele vira o filme de terror mais clássicos mas tem uma gama de semitons enormes  o Babadook não é só um monstro ele representa muito mais , é um filme sobre depressão, sanidade mental  faz o espectador encarar isso de varias maneiras gerando vários debates o que é raro em filmes de terror , esse é o primeiro filme dirigido pela Jenifer Kent  ela me impressionou muito ela tem total controle do que ela esta fazendo é uma diretora que entende muito bem o que é o bom terror .

Oque assusta no Babadook não é o que ele pode ser e sim a manifestação em si fato que fica bem incomodando começa a usar alguns clichês de filmes de  terror, luz se apagando, cama tremendo e por ai vai O Babadook é uma metáfora para todo o sofrimento e medo de Amélia, que vivia há sete anos à sombra do luto. E como Sam falou no final do filme: “Não se pode se livrar do Babadook”. The Babadook éaquele terror sugestivo que fica com você dias depois de ter visto o filme, sem sombra de duvida o melhor filme de terror de 2014. Não percam  The Babadook.

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