quinta-feira, 16 de julho de 2020

CENTRO DE MEMÓRIA BUNGE RELEMBRA HISTÓRIA DE ELIZETH CARDOSO EM SEU 100º ANIVERSÁRIO


POR ANA CAROLINA NAPPI

 No dia 16 de julho de 1920, nasceu no Rio de Janeiro um dos maiores símbolos do gênero samba-canção brasileiro, a cantora Elizeth Moreira Cardoso. Incentivada por seus pais ainda criança, começou sua carreia cedo e aos 16 anos já cantava profissionalmente na Rádio Guanabara.


Depois disso, Elizeth participou de diversos programas de rádio, como o Samba e Outras Coisas, da Rádio Educadora, e o Rádio Novidades, da Rádio Transmissora. O gênero musical exaltava o amor-romântico e o sofrimento de um amor não realizado e antecedeu o movimento da Bossa Nova.

Na década de 1950, Elizeth, ao lado de Dolores Duran, Dircinha Batista e Linda Batista, foi considerada uma das as rainhas do rádio brasileiro e, na época, participava de campanhas publicitárias das marcas de margarina e óleo vegetal da Bunge. Além disso, as cantoras também participaram de uma marchinha de carnaval para vender sabão, criada por Miguel Gustavo, famoso compositor de jingles da década de 1950 e aut
or do hino "Pra Frente Brasil", composto para homenagear a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo de 1970.


Na mesma década, Elizeth lançou o álbum "Canção de amor demais", um de seus maiores sucessos, agora no gênero Bossa Nova, com composições de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. O sucesso de Elizeth não ficou restrito ao rádio e, em 1968, a cantora apresentou-se em um espetáculo com Jac
ob do Bamdolim, Época de Ouro e Zimbo Trio no Teatro João Caetano em benefício do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. O encontro foi considerado histórico da música popular brasileira e foram lançados LPs limitados.

Ao longo da vida, a cantora gravou mais de 40 LPs no Brasil e alguns em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México. Ela faleceu em 7 de maio de 19
90 deixando fãs e familiares saudosos. Neste ano, Elizeth Cardoso completaria 100 anos.

Mais informações sobre os arquivos recuperados e áudios das Rainhas do Rádio, podem ser encontradas no acervo do Centro de Memória Bunge, que preserva os mais de 100 anos de história da Bunge no Brasil. Todo acervo está disponível para consulta e visitação, após o fim do isolamento, mediante agendamento.



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