POR TAWANY SANTOS
Terminou no último domingo, 14, a primeira edição da London Fashion Week online, um novo formato do evento que teve que se adequar aos cuidados contra a pandemia do Covid-19.
Em uma semana em que só se falava sobre moda e estilo na Europa, a modelo brasileira Fernanda Marques relembrou alguns episódios tristes sobre o início da sua carreira na profissão e o preconceito que viveu pela cor da sua pele.
"Meu primeiro trabalho foi muito estranho, ficamos eu, a cliente e o fotógrafo. Eu mesmo fiz minha maquiagem, cabelo e recebi todas as instruções a distância", contou a modelo em entrevista para Israel Cassol, durante o programa Empire Style, da Band Triângulo.
No programa exibido no sábado, dia 13, a modelo, que vive em Londres, fez um forte desabado sobre o racismo enfrentado por modelos negras no Brasil. "Já escutei donos de lojas gritando que tinha muita preta no casting dele. Eu já fui aprovada e cortada de um desfile estando completamente pronta, e quando fui ver, não tinham modelos negras desfilando", disse Fernanda sobre mais situações enfrentadas.
Sobre o assédio, ela declarou que as modelos sofrem muito no início da carreira. Fernanda começou com 14 anos. "Ficamos muito vulneráveis, em muitos casos não falamos a língua, e existem ‘alguns’ fotógrafos que veem que você é muito jovem e, por medo, sabem que não vamos falar nada".
A modelo já participou de desfiles do SPFW, London Fashion Week e posou para editoriais de marcas como Vogue, Elle e Marie Claire.
Fotos: Justin Macala | Chris Dwyer | Mathieu Puga | Norbert Bares
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