segunda-feira, 21 de setembro de 2015

RONDA ETÍLICA PELOS BARES CONQUISTENSES: "QUANDO VOU, BAR A BAR, VIRO A MESA, BERRO, BEBO E GRITO!"


POR MARIANA KAOOS

Sábado a tarde e um dia lindo em Vitória da Conquista. O sol a pino e o céu sem nuvens. Dinheiro na carteira e várias ideias na cabeça. Com tudo conspirando a favor, a proposta não poderia ser outra: reunir alguns amigos bons de copo e passar de bar em bar, tomando a cerveja mais gelada, comendo o melhor petisco e observando as pessoas em cada local. O circuito escolhido foi o da Olívia Flores e essas foram algumas impressões tiradas de cada ambiente. Saca só:


CAI 1 - O Cai 1 é o queridinho desde sempre e foi o primeiro bar escolhido para a aventura do dia. Embalados pelo som meio forró, meio sertanejo de Samira Show, sentamos e pedimos a geladíssima que, depois da terceira rodada, já não estava mais tão gelada assim. A cerveja foi a Skol, que chegou até nós pelo valor de sete reais. Bebemos cinco. Conversamos, demos risada, vimos o pessoal jogar bola na quadra logo ao lado e sentimos o vento balançar as folhas das árvores. O Cai 1 é um dos mais tradicionais bares do circuito Olivia Flores. A maioria dos seus clientes são coroas e vão lá para beber, comer e jogar dominó ou sinuca. Os donos do estabelecimento, Seu Jósa e Naldo, são ótimos anfitriões e servem a todos de maneira muito bacana. A cozinha é comandada por Dalvinha que faz o melhor pastel de carne com queijo da região.


CAMAROTE - A proposta era irmos para o Boteco Carioca, mas, ao passar por lá, não achamos mesa vazia, tampouco algum garçom bacana que pudesse nos atender e até mesmo informar o nome da banda que estava tocando. #Chateados com o atendimento, migramos para o Camarote que fica logo ao lado. Lá estava mais vazio e, prontamente, um garçom veio nos atender. Não só ele. Uma moça vestida com uma roupinha azul e amarela chegou perto da gente para falar das maravilhas da Skol e de como ela desce redondo. Agora não é apenas na televisão, internet e outdoors espalhados pela cidade. O marketing está cada vez mais forte, nos cutucando até em mesa de bar. Que saco! Na falta da Brahma e com a mais gelada (Antártica Original) a um preço de R$9,50, optamos mesmo pela Skol que, lá no Camarote, custava cinquenta centavos a mais que no Cai 1. Pedimos também a “bebida dos deuses”: uma super deliciosa maravilhosa da vida toda roska de kiwi (a dez reais) e ouvimos muito pagode e, a sensação do momento, Simone e Simaria no som do Camarote. Um detalhe curioso do bar é que lá sempre está passando o UFC na televisão, mas absolutamente ninguém assiste.

O público frequentador é muito parecido com o do Boteco: jovens, em sua maioria. Meninos de tênis, bermuda e corrente de prata no pescoço. Meninas de saia, batom vermelho, óculos escuros e salto alto. O Camarote é um bar relativamente novo, mas muito bem aceito pelo público. Por lá também sempre rola algum som ao vivo e o petisco que mais sai é o filé com fritas.

ESTAÇÃO ART - Já era fim de tarde e o passeio etílico gastronômico não podia parar. O terceiro lugar escolhido foi o Estação Art que, segundo um disse me disse, tinha promoção de cerveja. Quando chegamos lá nos espantamos como o ambiente estava vazio. Além da nossa, só havia mais duas ou três mesas ocupadas.  Tudo bem que o Estação é famoso pela comidinha mineira a quilo e pelo filé a parmegiana e, sendo assim, as pessoas vão mais para o almoço. No entanto, há alguns anos atrás, o bar costumava lotar até mais tarde, sempre com música ao vivo, o que também não foi o caso de ontem. O disco que estava tocando era de Wesley Safadão, mas a um volume ambiente, o que nos permitia conversar tranquilos, sem alterar muito o tom de voz. Pelo terceiro bar consecutivo, a mais gelada era a Skol, só que num custo de R$6,50. Tomamos quatro e pedimos outra roska de kiwi (a sete reais), mas não tão gostosa como a do Camarote.

BAR DO VÉI - A noite chegou e com ela o frio e as diversas tentações festivas. Uma parte da equipe inserida na aventura dos bares se dispersou e a outra seguiu firme na missão. Como o dinheiro já estava se extinguindo, optamos por subir a ladeira e ir parar na urbis 1. Foi o melhor que fizemos. Sentamos no Bar do Véi, que fica perto de uma pracinha cheia de árvores, onde ele coloca algumas mesas para que os clientes fiquem mais a vontade, escutando o que quiserem ou até mesmo tocando. E, como com um som no carro tudo fica mais fácil, optamos por ouvir Skank e O Rappa. Quase caímos em tentação e pedimos a especialidade da casa, tripinha frita, mas depois deixamos para lá. Adivinha qual era a cerveja mais gelada?! Isso mesmo. Pedimos uma Skol, só que dessa vez em litrão. Lá no Bar do Véi uma cerveja litro custa seis reais, enquanto na Olívia flores, uma de 600ml não sai por um preço médio de sete. Para esquentar um pouco, escolhemos uma dose de conhaque (a quatro reais) e uma de campari (a cinco reais). Já estávamos começando a ficar cansados, mas resolvemos escolher um último bar.

BARÃO - Logo na esquina do Véi tem outro bar maravilhoso, conhecido não só pelo kibe delicioso que sai por lá, mas também pelo som de qualidade. É o Barão, ou bar do Seu Dira. Bem pequenininho, o espaço é tranquilo e reservado, ou seja, é um bar para ir e conversar com os amigos, e não paquerar. A Skol (pra variar) era a mais gelada e custava seis reais (de 600 ml). Já o campari, cinco reais. Tomamos uma dose e algumas geladas ao som de Royal Blood, uma banda de rock que estava se apresentando no Rock in Rio.

Dos seis integrantes, no fim sobraram três. E, nós três, guerreiros de bar, ainda fomos ao Argentinos, na Olívia Flores. Contudo, nesse momento já estávamos todos alterados, simpáticos, autênticos ou como quer que se chame para o nível moderado de embriaguez e, por conta disso, não tenho muito o que falar de lá a não ser que a dose de campari custa sete reais e a cerveja (Itaipava) também. O critério de escolha do bares foi por simpatia, no entanto, existem outros estabelecimentos na Olivia e na Urbis 1 a serem explorados. A experiência de ir de bar em bar foi super bacana e a perspectiva é que semana que vem ela se repita pelos bares do Bairro Brasil. se preparem!

Fotos: Blog do Rodrigo Ferraz


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