POR JOSÉ MARIA CAIRES
A Barragem do Catolé tem por finalidade promover o reforço do suprimento de água de Vitória da Conquista que vem sofrendo sistematicamente com a falta de abastecimento. A expansão de demanda, por conta do crescimento da população, tem gerado escassez nos períodos de prolongadas estiagens.
A falta de recomposição da mata ciliar, a ausência de qualquer tipo de proteção na delimitação da bacia hidrográfica e o desmatamento, tem favorecido a erosão nas margens das barragens Água fria I e II, assoreando o fundo de ambas, e reduzindo de maneira considerável a capacidade de armazenamento de água.
Hoje, com absoluta certeza, não há mais possibilidade de acumular os 6 milhões de metros cúbicos que representariam a capacidade máxima dos reservatórios. A falta de recomposição ambiental é sem dúvida um dos fatores que colaboram definitivamente pra isso.
O projeto executivo da barragem do Rio Catolé é de 2012. Neste interstício de três anos, já tivemos uma licitação cancelada sob alegação de inexequibilidade. De lá pra cá esperava-se o lançamento do novo edital dessa importante obra, que injustificadamente não foi publicado. Como dizem no jargão popular: não saiu do papel.
A situação atual das barragens não permite uma expansão de negócios que gerem desenvolvimento econômico nesta região. Estamos, ao longo do tempo, perdendo perdendo a possibilidade de instalação de indústrias de alimentos e bebidas, de vestuários e outras atividades econômicas que gerariam riquezas pra nossa cidade, exatamente pela escassez de água.
Pensando bem, chegamos à conclusão óbvia de que o nosso manancial hídrico instalado não atende Vitória da Conquista. É imperiosa a necessidade da construção imediata da nova barragem do Catolé, que terá 63 metros de altura no seu eixo central e uma extensão de 347 metros. A área da bacia hidrográfica é de aproximadamente 761 Km2.
O mais importante é que, depois de concluída, acumulará 22 milhões de metros cúbicos de água, correspondendo a quase quatro vezes o volume das duas barragens existentes.
É preciso que a sociedade tome conhecimento dessa necessidade urgente. É preciso que todos segmentos organizados se prontifiquem ajudar, cobrando agilidade do governo na construção dessa barragem, sob pena de, muito em breve, convivermos com os indesejados racionamentos na nossa cidade.
Como já mencionei, essa possibilidade constante de racionamento, afugenta investimentos, impossibilitando a instalação de empresas que gerariam muitos empregos em nossa região.
Vamos cobrar dos governos, CONQUISTA PODE MAIS.
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