POR EDUARDO MORAES
Desde a sua colonização lá pelos idos de 1752, quando os desbravadores vindos das Minas Gerais, por aqui chagaram, os seus primeiros habitantes já se mostravam altivos e resistentes àqueles colonizadores sedentos em impor aos mongoiós, mudanças em sua cultura e costumes, ocupação das suas terras e dizimação das tribos aqui existentes.
Sabe minha Conquista linda, estar a 1.000 metros acima do nível do mar, tenho certeza de que esta dádiva faz de você mais garbosa, invejada, resistente aos assédios daqueles invasores “modernos” que tentaram de alguma forma, mudar os costumes do seu povo. É bom observar que, passados todos esses anos, os teus filhos, continuam com a mesma fibra e determinação em preservar as suas raízes. A sua culinária, suas ruas, casas de estilos variados, enchem de orgulho os conquistenses por sua beleza ímpar.
Sabe minha Conquista linda, tem detalhes no seu jeito de ser que estão registrados em minha memória: sua fauna e flora, tão rica e diversificada no passado e hoje tão rara; Rua das Sete Casas, Beco da Tesoura, Rua do Magasapo, Rua da Boiada, Travessa dos Artistas, sobradinho de Nestor, Jardim das Borboletas… e os nossos heróis ilustres, guardiões do folclore e das manifestações culturais do nosso povo, muitos já esquecidos: Cajaiba, Dona Dóxa, Caidô e Enedino da batucada, Zé Busquê, Gabiraba Caçadores em Folia, Manoel do Rádio, Lilita, Sargento Sales, Rosa Bigode, Vitória de Petu, Mozart Tanajura. E os mais recentes Carlos Jehovah, Rui Medeiros, Guilherme Menezes, Esechias Araújo, Gaguinho, Elomar, Xangai, Zé Raimundo, alguns fazem parte do nosso folclore, outros divulgadores e outros guardiões da nossa cultura real e conquistense, sertaneja, baiana e nordestina, sim senhor!
Minha Conquista linda, vivo de amor por você, verdadeiramente, eternamente apaixonado por suas formas geográficas femininas, nádegas perfeitas, seios magníficos, seu ventre que tantos filhos maravilhosos gerou e presenteia ao Brasil com tantos outros todos os dias, a sua boca que os prepara para o mundo e que levam o seu nome, a sua cultura e suas riquezas culturais, cada vez mais longe.
Sabe minha Conquista linda, falar de você é muito bom e nós, os seus filhos, estaremos sempre aqui para devolver a você, em expressões de várias formas a nossa declaração de amor do mais puro bairrismo registrado em sua canção, “Tesouro imenso do meu sertão”.
Eduardo Moraes
Filho de Vitória da Conquista
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