POR CAMILA SILVEIRA
O mel de abelha é um suplemento alimentar que vêm recebendo lugar de destaque no consumo comercial decorrente, principalmente, da comprovação científica de suas diversas propriedades benéficas à saúde.
O mel é um dos alimentos mais antigos relacionado à história e sempre atraiu a atenção do homem, sobretudo pelas características adoçantes que confere ao paladar. No entanto, sua utilização vai além do uso como alimento, também como medicamento, devido às suas propriedades antissépticas, como conservante de frutas e grãos, e até mesmo como referência religiosa, sendo considerado uma oferenda aos deuses.
O mel é composto de diferentes açúcares, principalmente, frutose e glicose sendo constituído também por sacarose, maltose e polissacarídeos. Contêm, ainda, aminoácidos, enzimas, ácidos orgânicos, minerais, pólen, e um número limitado de fungos, algas e leveduras. Ou seja, é basicamente, uma solução saturada de açúcares e água, tendo outros componentes aliados às características da fonte floral que o originou que conferem ao alimento suas características específicas.
Atualmente, o homem utiliza-se amplamente do mel como alimento, explorando suas propriedades medicinais e seu valor nutricional. O emprego dos produtos das abelhas com fins terapêuticos é denominado Apiterapia e especificamente ao mel, atribuem-se duas atividades específicas:
Antimicrobiana – vários fatores e suas interações parecem ser os responsáveis por tal atividade. Os fatores físicos, como a sua alta osmolaridade e acidez, e fatores químicos relacionados com a presença de substâncias inibidoras do crescimento microbiano e substâncias antioxibantes, como os flavonóides e ácidos fenólicos, colaboram como atuantes deste processo.
Tal qualidade atribuída ao mel faz com que ele seja utilizado como agente secundário no campo terapêutico em diversos tratamentos profiláticos. Sua propriedade antibacteriana já foi confirmada em trabalhos científicos, como também sua ação fungicida e cicatrizante. Popularmente, ao mel ainda se atribuem propriedades como antianêmica, emoliente, digestiva, laxativa e diurética.
Além disso, historicamente, o mel tem sido usado em inúmeras condições clínicas. Recentes pesquisas têm confirmado sua eficácia no tratamento de doenças gastrointestinais, além de candidíase, doenças orais (faringite e cáries) e doenças oculares como inflamação de pálpebras, catarata e inflamação das córneas.
Cosmética – O mel, devido às suas qualidades adstringentes e suavizantes, é também utilizado com finalidade cosmética, seja aplicado diretamente sobre o rosto, em máscaras nutritivas caseiras, ou na indústria de cosméticos, para fabricação de cremes, máscaras e tônicos faciais.
Apesar de todos os benefícios nutricionais e terpêuticos atribuidos ao mel, este têm sido identificado como possível fonte de contaminação na origem de esporo no botulismo infantil.
O Botulismo é um tipo severo de intoxicação alimentar causado pela ingestão de alimentos contendo uma potente neurotoxina formada durante o crescimento do Clostridium botulinum, cujos esporos estão frequentemente distribuídos na natureza.
Crianças menores de um ano de idade são mais susceptíveis ao desenvolvimento da doença devido à imaturidade da flora intestinal que, ao ingerir alimento contendo esporos, permite a germinação, multiplicação e produção de neurotoxina botulínica no intestino infantil. O mel é a única fonte registrada de alimento veiculador do agente causador do botulismo infantil, por isso não é recomendada a ingestão deste alimento por crianças menores de 1 ano, mesmo sendo uma boa fonte natural de açúcares.
Por isso a orientação é sempre o caminho mais recomendado para a saúde!
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