Em um ato que uniu fé, cultura e história, aconteceu na manhã deste sábado (1º), diante do Cristo de Mário Cravo, na Serra do Periperi, a 1ª Missa do Vaqueiro de Vitória da Conquista. O evento, organizado pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com iniciativa do mandato do vereador Luís Carlos Dudé e apoio da Prefeitura, além de celebrar a fé à Nossa Senhora Aparecida, deu início à semana de comemorações pelos 185 anos de emancipação política do município, cuja data festiva acontece no dia 9 de novembro.
A celebração presidida pelo Arcebispo Dom Vitor reuniu centenas de vaqueiros, cavaleiros e amazonas, além da comunidade católica e visitantes que foram prestigiar aquele momento único, diante de um dos mais belos cartões postais da cidade.
A prefeita Sheila Lemos destacou a importância de resgatar essa tradição, lembrando que os tropeiros e vaqueiros foram essenciais no desbravamento e desenvolvimento do município.“Vitória da Conquista é uma terra de conquistenses e conquistados, e faz parte da sua história os tropeiros que desbravaram suas terras e contribuíram para que a cidade se desenvolvesse. Por isso, nada mais justo que celebrar e resgatar a cultura do vaqueiro, tão presente em nossa história”, afirmou a prefeita.
O vereador Luís Carlos Dudé ressaltou que essa primeira edição do evento tem um propósito maior: a campanha para a construção do Santuário de Nossa Senhora Aparecida em Conquista. “Temos certeza que esta é uma tradição que começa hoje e seguirá por todos os anos em nossa cidade,” comentou Dudé, explicando que a programação inclui shows musicais no Parque de Exposições com venda de ingressos revertida para a construção do santuário.
O pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Padre Alessandro, reforçou que o evento fortalece a fé e a tradição do povo, com o objetivo de auxiliar na construção da igreja. Dom Vitor lembrou que a tradição da missa do vaqueiro se iniciou em 1970, em Serrita (PE), e se espalhou pelo Brasil como uma demonstração de fé e cultura.
A tropa de cavaleiros e amazonas contou com a presença dos vaqueiros encouraçados de Lagoa Real, município reconhecido por realizar a maior festa do vaqueiro do Sudoeste da Bahia. Milton Aboiador, que veio na comitiva, expressou sua alegria em participar: “Poder vir aqui comemorar nossa cultura é muito bom”.A comitiva também contou com a presença do prefeito da cidade, José Carlos Trindade Duca (Bida).
Entre os participantes, Igor Rocha, de 30 anos, morador de Vitória da Conquista com raízes na vida de vaqueiro, comentou: “Conquista carrega esse sangue de vaqueiro. É muito bom voltar às tradições”. Já a jovem amazona Lorena Santos Silva, de 16 anos, da comitiva Galera da Porteira, celebrou sua primeira Missa do Vaqueiro e destacou a importância de homenagear Nossa Senhora Aparecida. “Ela é protetora da gente e dos animais”.
Após a bênção dos vaqueiros, uma comitiva formada por mais de 500 cavaleiros e amazonas seguiu em cavalgada pela Rua do Cruzeiro, Praça Sá Barreto, ruas João Pessoa, Siqueira Campos, Rosa Cruz e Jorge Teixeira, até o Estádio Municipal Lomanto Júnior, um momento de fé e devoção à Nossa Senhora Aparecida.
Durante a tarde, no Parque de Exposições, a festa seguiu com shows dos artistas Rivelino Lima, Rony Barbosa, Netinho do Forró e Edigar Mão Branca. Para Rony Barbosa, poder cantar na primeira Missa do Vaqueiro de Vitória da Conquista foi motivo de muito alegria, “A gente ficou feliz demais de conquistar mais esse grande evento, mais um marco na história cultural de Vitória da Conquista. Que é um polo magnífico de grandes cantores, grandes artistas. E eu fico feliz de poder participar também agora da nossa primeira Missa do Vaqueiro, que já é sucesso”, declarou Rony.
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