sábado, 16 de julho de 2016

TANGO ARGENTINO E HOMENAGEM A DOMINGUINHOS EMOCIONAM PÚBLICO NO IV FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA


Foto: Regina Lima

POR LABORATÓRIO DA NOTÍCIA

Emoção e interatividade não faltaram na terceira noite do IV Festival Internacional da Sanfona. Com Oswaldinho abrindo o espetáculo ao som de ‘Asa Branca’, numa pegada de blues, Mestrinho num estilo irreverente homenageando o grande Dominguinhos e a dupla argentina de tango Vanina Tagini e Gabriel Merlino conquistando simpatia com a brasileiríssima canção ‘Chega de Saudade’, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o público ficou dividido nesta sexta-feira (15) entre ovacionar os artistas e cantar à capela no auditório lotado do Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA).


Foto: Regina Lima

Oswaldinho caiu no gosto do público quando, entre uma música e outra, narrou momentos de sua vida. Solicitado pela plateia, o instrumentista tocou uma das canções de seu pai, Pedro Sertanejo, pioneiro do forró em São Paulo, e uma que fez para a filha, com o título engraçado ‘Corre para não apanhar’. Pouco depois, os fãs de Mestrinho aplaudiram também o gingado do cantor e sanfoneiro.  O destaque foi o repertório do artista, que emocionou a todos com a música ‘Em minha alma’, dedicada ao também saudoso cantor acordeonista, Dominguinhos.


Foto: Regina Lima

A dupla Vanina Tagini e Gabriel Merlino veio logo em seguida. Fez um passeio pelos estilos musicais da Argentina tocando clássicos como ‘Alfonsina y el mar’ e ‘Yo Soy Maria’, este último de Astor Piazzolla. A voz firme e afinada de Vanina, acompanhada pelo esposo bandoneonista, fez a noite ser mais romântica para os casais que assistiram a apresentação. Os dois saíram do palco sob os aplausos do público, que não economizou nos elogios. “Estou impressionada com a forma que eles e todos os artistas aqui se apresentaram. As canções, bem escolhidas, passaram uma mensagem, tinham uma qualidade, vinda dos sanfoneiros e cantores, que se vê muito pouco por aí”, afirmou Sinara Oliveira Costa, 32, que veio de Salvador, capital baiana, para o evento.



Foto: Ivan Cruz (Jacaré) 

Os shows dos artistas foram à noite, mas o festival da sanfona começou bem antes. Logo pela manhã, o professor instrumentista, Edglei Miguel, ministrou a última aula da oficina de acordeom, que fez com os visitantes inscritos. As exposições de sanfona e de fotografia também levaram as pessoas a passearem pelos corredores do João Gilberto. À tarde, Chico Chagas e Nelson Faria, dois dos mais respeitados acordeonistas do Brasil, concluíram o workshop de improvisação musical, em que falaram sobre escalas, acordes, centros tonais maiores e menores e o desenvolvimento do fraseado. Às 17h, a programação seguiu com a ‘Jam Sanfona Session’, espaço que durante três dias deu oportunidade para acordeonistas da região e de outros estados se apresentaram na casa de João Gilberto em Juazeiro. 



Foto: Ivan Cruz (Jacaré) 

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