quarta-feira, 9 de março de 2016

ELZA SOARES PARTICIPA DO PROJETO "MULHER COM A PALAVRA" NO TCA E FASCINA PÚBLICO



ASCOM/GOVBA



Na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, uma plateia de homens e mulheres que lotou a Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, recebeu aplaudindo de pé a cantora Elza Soares para participar do projeto ‘Mulher com a Palavra’, na noite desta terça-feira (8).




Ao invés de soltar a voz e cantar muitas de suas canções de sucesso, hoje foi a vez de Elza ‘soltar o verbo’ e contar parte de sua trajetória e da música, que a fez romper as barreiras do preconceito de raça, gênero e classe social, como uma forma de estimular o empoderamento, principalmente o feminino.

Uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), com patrocínio da Bahiagás, o encontro foi mediado pela jornalista e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Malu Fontes, e teve a participação da titular da SPM, Olívia Santana.

Superação - No centro do palco, as três conduziram a conversa que, através da história da cantora, mostrou as dificuldades enfrentadas e superadas por uma mulher negra, que nasceu pobre e, ao longo da vida, se envolveu em questões polêmicas, a exemplo do casamento com um dos ídolos do futebol brasileiro – Garrincha -, até o último disco lançado, ‘Mulher do Fim do Mundo’.

Irreverente e cheia de estilo, Elza Soares arrancou gargalhadas da plateia ao falar de sua trajetória. “É impressionante o que a gente consegue fazer com os 18 anos de vida que eu não tenho hoje, não é?”, brincou dirigindo-se ao público. Sobre a música nos caminhos percorridos e lutas enfrentadas, ela diz que teve papel fundamental.

“A música [...] é o meu medicamento, é o meu remédio, me faz forte. Foi ela que me deu voz, a voz do grito, do socorro. Foi através da música que eu fui rompendo barreiras e chegando onde estou”, conta.

Premiada pela revista Rolling Stone como melhor Álbum de 2015, com ‘A Mulher do Fim do Mundo’, ela também conquistou o titulo da melhor canção do ano de 2015 com ‘Maria da Vila Matilde’, um grito de combate à violência contra a mulher e que tem como um dos versos mais marcantes “você vai se arrepender de levantar a mão pra mim”.

O projeto - Para a professora Priscila Coimbra, é por essa história que ela foi ao TCA nesta terça-feira. “Aceitei o ‘convite’ de Elza por perceber que ela tem uma trajetória de enfrentamento, de luta e de muitas conquistas, e nada melhor do que fazer isso num dia como hoje, que simboliza a luta das mulheres. [...] precisamos estar atentas e vigilantes porque muito já avançamos, mas ainda temos um longo desafio pela frente”.

Segundo a secretária Olívia Santana, a ideia do projeto ‘Mulher com a Palavra’ é trazer para o debate mulheres que possam estimular e influenciar outras mulheres, que estejam cientes da necessidade da luta pela emancipação feminina, além de continuar com outras edições.

“Sabemos que, cada vez mais, é preciso estabelecer estratégias diferenciadas para atingir o público não só de mulheres, mas também os homens, no sentido de fazer com que reflitam desse lugar de onde emanam situações de machismo, violência, de negação do feminino. Dar voz às mulheres significa empoderá-las, torná-las senhoras da palavra”, enfatizou a secretária.

Fotos: Amanda Oliveira/GOVBA

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