POR GUSTAVO DE MAGALHÃES
Nesses vinte e tantos anos como advogado, em minhas andanças por ai, atuando em varias cidades e conhecendo muita gente, guardei algumas situações inusitadas, que aconteceram tanto comigo, quanto com alguns colegas e que tenho contado nos grupos de advogados, e agora resolvi abrir para todos, pelo prazer de dividir tantos momentos bons pelos quais já passei.
Uma dessas histórias que lembro bem, aconteceu em Itabuna, numa audiência trabalhista, onde a testemunha, moça “distinta”, notadamente de vida fácil (que de fácil não tem nada), vestida apenas com uma camisa transparente preta, de saia e salto alto por demais, respondia as perguntas de Doutor Paulino, juiz à época, que, não sei se pelo inusitado da situação, aumentou a sua gagueira diante da imagem que tinha. E no decorrer da insistente instrução, ele perguntava à testemunha: “Mas moça, co-co-como é que a senhora sa-sa-sabe dos fatos; a senhora ia to-to-todo dia naquele bar? Fazer o-o-o que? Por que todo dia?”. A coitada, tímida (pasmem!), de responder ao juiz que tinha a profissão mais antiga do mundo, e que fazia ponto naquele bar, de nome sugestivo, Doce Pecado (se não me engano, mesmo porque nunca fui a esses lugares), desconcertada respondia: “Sim doutor, todo dia eu ia lá sim senhor”. “Fa-fa-fazer o que? Trabalhava de garçonete? Faxineira?”.
Nesse malsinado instante, acuada pela insistência do doutor, vira-se a moçoila para trás a procurar um apoio da assistência já lotada, talvez pelo inusitado da situação e bem mais pelos trajes que ela vestia, e encontra um colega advogado com a cara conhecida encostado na parede da sala de audiência absorvido com o embate, e emenda de bate pronto: “Aí está doutor Fulano que não me deixa mentir, pois todo dia ele está lá, e me vê!!! Não é não Doutor???”.
Se pudesse naquele instante o doutor Fulano abria um buraco na parede com as unhas e se metia nele pra sempre!
O pior da história é que, modernamente, doutor Sebastião, nosso amigo juiz do trabalho conta essa mesma historia afirmando que foi comigo tal causo, e Doutor Valtercio, com seus cabelos brancos e sendo presidente do tribunal regional do trabalho, confirma! Quem vai contestar? Assim estou eu levando a fama por outrem!!! (Gustavo de Magalhães advogado e “causídico”. gustavodemagalhaes@hotmail.com. whatsapp 7791982859)
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