quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

FILMES INESQUECÍVEIS: TITANIC



POR GABRIEL JOSÉ
Estudante de Cinema da UESB

Há exatamente,17 anos , em  18 de Dezembro de 1997, chegava às telas de todo o mundo um dos filmes que viria a ser um dos maiores fenômenos de bilheteria, critica e público dos últimos anos, ou diria das ultimas décadas. O Filme que mudaria a minha forma de ver o cinemaFoi com toda certeza a maior aventura   cinematográfica  que já vivi. Não sei como explicar Mexeu comigo de tal forma que Quando eu saí do cinema não era apenas um espectador fascinado. Eu era um sobrevivente do Titanic.

Eis aqui o meu filme favorito, um filme em que me apaixonei á primeira exibição, lembro me de estar no Cine Madrigal e aquela sala completamente lotada , depois veria em uma  tela de cinema mais três vezes, a ultima inclusive em 3D. Antes que eu comece a falar sobre o filme em si, é necessário que o leitor simplesmente abra a mente e esqueça a superexposição do filme que o transformou em um romance batido e que levou ao público a fazer chacotas. Não é a toa que o filme hoje é um dos mais copiados, tanto em falas como em cenas.



O começo do século XX era caracterizado por uma sociedade em ascensão, ainda mais na Europa. Os Estados Unidos começa a crescer, e a sociedade só dispunha de um meio de transportes entre os continentes: os navios. Essa disputa na Europa era acirrada por duas grandes companhias inglesas: aCunardLine e White Star Line. As duas disputavam de forma acirrada pelo meio de transporte mais rápido, além do mais suntuoso, que pudesse realizar os sonhos de uma sociedade ávida por luxo e grande estilo. Até 1909, a White Star Line viu a sua concorrente dominar este mercado da travessia marítima pelo Atlântico Norte. Foi então que a empresa decidiu ganhar mercado com a construção de três navios que seriam considerados os maiores do mundo: Olympic (lançado em 1911), Titanic (primeira e última viagem em 1912) e Gigantic (1915).

O furor da época com relação ao segundo navio que estava segndo construído era justamente pelos seus números impressionantes: 273 metros de comprimento (equivalentes a 4 campos de futebol), 30 metros de largura, uma altura que equivalia a um prédio de 15 andares, além dos inúmeros motores e as paredes das anteparas de meia polegada, que dividiam o casco do navio em 16 compartimentos estanques caso o casco do navio fosse danificado. Foi justamente esses compartimentos que levaram a imprensa a mencionar o fato de que “nem Deus poderia afundar esse navio”. Lançado ao mar em 1910, o navio ainda levou alguns anos para poder ficar completamente pronto no que diz respeito ao nível mais luxuoso que poderia ser usufruído pelos 735 passageiros da primeira classe. A segunda classe ficaria destinado 674 lugares e à terceira classe, 1024 lugares. Saindo de Southhampton, na Inglaterra o navio ainda passaria pela França e pela Irlanda para então seguir para os Estados Unidos. Estavam à bordo na fatídica viagem 1.316 passageiros e 891 tripulantes.

É a esse cenário que, apesar de não sermos introduzidos por completo (e de certa forma desnecessário ao filme, já que estava sendo retratado um dos acidentes mais famosos da história), somos apresentados no início da história escrita por James Cameron, que também assina a direção do filme. Misturando personagens fictícios com reais, que acho eu desnecessário comentar a sinopse aqui motivos esses que não preciso explicar.



O filme, chegou ao Oscar indicado em 14 categorias: Direção de Arte, Fotografia, Figurino, Direção, Efeitos Sonoros, Efeitos Visuais, Edição, Trilha Sonora, Música, Filme, Som, Atriz Coadjuvante, Atriz e Maquiagem. Levou para casa, 11 dos 14 prêmios, perdendo apenas as três últimas categorias citadas., o filme de James Cameron igualou-se a “Ben-Hur” em número de estatuetas máximas recebidas por um filme. Creio que todos que estejam lendo esta análise já tenham assistido ao filme, acho que toda pessoa que aprecia a sétima arte já assistiu pelo menos uma vez a esta grande produção que esteve tanto na mídia quando fora lançada.

Uma das coisas que mais chamam a atenção na película é sua fotografia impecável e sua direção de arte, que a muito custo conseguiu reconstituir com total sucesso os mínimos e precisos detalhes daquela época, desde o porto inglês aos interiores do transatlântico luxuoso. E por falar em luxo, a luxúria da época, a divisão por classes e outros aspectos como esses estão muito bem representados no filme durante todas as suas etapas, seja no início com as grandes festas (da primeira e da terceira classe), ou seja, na hora em que o transatlântico naufragava, James Cameroon sempre lembra-nos das diferenças existentes na época, tão mais gritantes que em dias atuais.
A música de James Horner não poderia sermelhor aproveitada do que foi. É como se Cameron tivesse escrito o roteiro para encaixá-la. Os figurinos foram tão bem produzidos que sequer os notamos. Eles compõem o cenário, e não se destacam dele, o que teria sido inapropriado.

Infelizmente, vários cortes foram feitos.  Várias cenas envolvendo Bill Paxton também foram parar no chão da sala de edição, bem como algumas que envolviam Billy Zane (no roteiro seu CalHockley é ainda mais terrível que no filme). Mas a cena que mais fez falta, para mim, foi aquela em que a velha Rose deixa BrockLovett tocar o ´´Coração do Oceano ` já ao final do filme esta cena inclusive esta nos extras do bluray lançado em 2012 . Para mim esta cena sintetizava todo o aprendizado de Lovett depois da história que acabara de ouvir. Mas estas cenas subtraídas não alteram o resultado final. Titanic é um filme maravilhoso, excepcional. E daí que gastaram 250 milhões de dólares para realizá-lo? Que gastassem 300, 400! Economizem os milhões de dólares que são gastos com os Batman & Robin da vida e os revertam para filmes como Titanic.

Romântico, meloso às vezes, dramático, tudo isso se aplica a Titanic, mas essas características não diminuem a grandeza dessa obra. Titanic, e todos os outros 9 filmes comentados nessas criticas do meu top 10, são filmes que ficam na memoria do publico para sempre.

Em certo momento, Bill Paxton pergunta para a personagem de Gloria Stuart: `Você está pronta para voltar ao Titanic?`. Esta pergunta deveria ser feita a cada um dos espectadores deste filme, e respondo sim toda vez que revejo essa obra prima do cinema, Porque ela sempre me toca de uma forma diferente e ainda mais inigualável em cada vez que revejo.

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