segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

FILMES INESQUECÍVEIS: A VIDA É BELA



POR GABRIEL JOSÉ
Estudante de Cinema da UESB

Ao bom estilo italiano, passado nos anos 40 chamando ao neorrealismo com cores vivas e fortes e contado de uma forma divertida, que acaba por tocar ainda mais. Isto porque a comédia contida nas cenas, é tratada com delicadeza, com o olhar de alguém optimista situando-nos tão bem para o que foi o holocausto, sem vermos uma pinga de sangue! Lindo!

Na primeira parte do filme e sempre remetendo o espectador para a atual época, sentimos a luta por parte do protagonista pelo seu amor. E porque a sentimos de forma tão clara? Nada melhor que a própria vivência do realizador, para conseguir passar ao público uma experiência. E a própria Dora é interpretada pela mulher de Benigni na vida real, Braschi. Lindo!


Ficamos tão contemporizados e também nós já sentimos simpatia por Guido – um homem cuja inteligência é utilizada para se desenvencilhar de situações caricatas que ajudam o espectador a sentir a compaixão necessária para a segunda parte do filme.

É nesta segunda parte que se acentua o drama, pois Guido sendo Judeu é capturado pelos nazis juntamente com o seu filho que é aqui separado da mãe. A partir daqui Guido arrisca a sua vida todos os dias no campo de concentração, para convencer o seu filho de que tudo aquilo se trata de um jogo. E ao que dito por mim não parece nada convincente.


Um hino à vida e ao amor incondicional. “A Vida é Bela” consegue ter um dos finais mais tristes e, em simultâneo, mais felizes de que há memória, deixando no espectador o mesmo sentimento de esperança em dias melhores que deverá ter percorrido muitos dos prisioneiros dos campos de concentração nazistas  no dia da sua libertação pelas tropas aliadas.

A Vida é Bela é um filme que realmente merece ser visto. Começa lento demais, bonitinho, mas os conflitos apresentados na segunda parte do filme são muito bem trabalhados com as personalidades apresentadas na primeira. Roberto Benigni acertou em cheio, e agora é fácil de entender porque da mágoa depois do Oscar: achamos que havíamos sido roubados, quando na verdade alguém conseguiu realmente fazer algo melhor que o nosso Central do Brasil. Mas a imagem da festa que Benigni fez ao receber o prêmio… Isso vai ser mais difícil de engolir. Mesmo assim ao seu termino me deparo com uma lagrima escorrendo dos olhos um filme inesquecível. Amo Demais

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