sexta-feira, 28 de novembro de 2014

OVÁRIOS POLICÍSTICOS




POR DORODINA SOUSA CORREIA
Ginecologista


É a endocrinopatia mais comum da mulher, e acomete 5% a 12% das mulheres em idade reprodutiva. É a causa mais frequente de anovulação crônica, portanto de infertilidade de causa ovulatória. Tem relevante ocorrência familiar, principalmente em parentesco de primeiro grau (20%-60%), destacando o componente genético associado.

A Síndrome dos Ovários Policísticos, como o próprio nome deixa entrever, se caracteriza por ovários policísticos e alterações como falta de menstruação ou irregularidade menstrual, infertilidade, hirsutismo e obesidade.

Diversos fatores estão envolvidos na origem desse distúrbio, com evidências de alterações no eixo hipotálamo hipófise e ovários, além de fatores ambientais e genéticos. É consenso para o diagnóstico, quando existem pelo menos dois dos fatores, como ciclos menstruais irregulares (ciclos longos com 35 a 40 dias, ou ausência de menstruação) e ausência de ovulação. Sinais de hiperandrogenismo clínico e laboratorial, que ao exame identifica-se o excesso de pelos em locais tipicamente masculinos, acne, queda de cabelo, e ainda alterações hormonais.

Na ultrassonografia, um ou ambos os ovários, apresentam-se com volume aumentado e micropolicístico. o aspecto ultrossonográfico sozinho não constitui o diagnóstico.

O tratamento clínico dos ovários policísticos, objetiva orientação para a perda de peso, com prática de exercícios,, de 30 a 45 minutos, de três a cinco vezes por semana, orientações nutricionais e controle do estresse. Reduzir o excesso de pelos com medicamentos e e uso de cosméticos ou do laser. O tratamento cosmético deverá ser realizado de quatro a seis meses após o início do tratamento clínico.

Se o desejo da paciente é engravidar, deveremos afastar outras causas de infertilidade associadas aos ovários policísticos e corrigir a anovulação. a indução da ovulação com hormônios, deverá ser cuidadosa e com controle ultrassonográfico, pois as paciente são de risco para desenvolverem hiperestímulo ovariano. A Fertilização In Vitro (FIV), restringe-se às situações em que houve falhas em tratamentos mais simples, ou quando há fatores associados que indiquem um tratamento mais avançado.

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