quarta-feira, 12 de março de 2014

ÓLEO DE PRÍMULA AMENIZA EFEITOS DA TPM

POR CAMILA SILVEIRA

Atualmente os alimentos funcionais estão classificados como uma categoria que favorece a união entre alimento e medicamento.

Segundo Kruger & Mann (2003) ingredientes funcionais são definidos como um grupo de compostos que apresentam benefícios à saúde, tais como as alicinas presentes no alho, os carotenóides e flavonóides encontrados em frutas e vegetais, os glucosinolatos encontrados nos vegetais crucíferos os ácidos graxos poliinsaturados presentes em óleos vegetais e óleo de peixe.

Estes ingredientes podem ser consumidos juntamente com os alimentos dos quais são provenientes, sendo estes alimentos considerados alimentos funcionais, ou individualmente, como nutracêuticos (BAGCHI, et al., 2004).

Prímula é o nome da planta da espécie Oenothera biennis, nativa da América do Norte, que atinge em torno de 1 metro de altura e produz flores amarelas. O óleo de prímula é obtido das sementes dessa planta e muito rico em um tipo de ácido graxo essencial da família do Ômega-6 denomidado ácido gama-linoleico, reconhecidamente benéfico para a saúde.

O óleo extraído da semente da prímula contém uma das maiores concentrações de ácidos graxos, principalmente o ácido linoleico e ácido gama-linolênico, que são essenciais para o bem estar do organismo.

Este óleo é um dos mais pesquisados atualmente devido aos grandes benefícios para a saúde da mulher, principalmente para as fases de tensão pré-menstrual (TPM), fertilidade e menopausa. As mulheres que sofrem com esses sintomas geralmente apresentam níveis baixos de ácido gama-linolênico durante o período que antecede e pós a menstruação.

Os ácidos graxos insaturados presentes no óleo são responsáveis por várias funções no organismo, principalmente a de precursores das prostaglandina, em especial a E1 que regula os hormônios sexuais femininos, também ajuda a manter a elasticidade e controla a oleosidade da pele, intervém nos mecanismos vasodilatadores e inibe a agregação plaquetária. Além disso, atua na síndrome da hiperatividade infantil, a nível de serotoninas cerebrais, normalizando esses quadros.

A deficiência ou ausência de precursores das prostaglandinas conduzem a distúrbios que levam ao envelhecimento ou ressecamento da pele, distúrbios cardiovasculares, hipertensão e colesterolemia.

Além do óleo de prímula outras fontes naturais de ômega 6, como o óleo de girassol, peixes de água fria (salmão, atum, sardinha, bacalhau), óleos vegetais, sementes de linhaça, nozes e alguns tipos de vegetais, estão para contribuir para a nutrição feminina.

A eficiência da prímula foi confirmada na última Conferência Anual da Associação Americana de Farmácia. Um estudo do Centro de Medicina Integrada Cedars-Sinai, da Califórnia, avaliou o uso do fitoterápico em 68 mulheres que se queixam do distúrbio da TPM e no fim de três meses, 61% delas tiveram desaparecimento total dos sintomas e em 23% dos casos houve melhora parcial, sendo apenas 16% o número de pacientes que não tiveram nenhum efeito.

Portanto, um aporte regular do óleo de prímula oferece ao organismo elementos construtivos essenciais para o mecanismo de auto regulação hormonal, e contribui para o seu bom funcionamento e bem estar, especialmente na velhice, ou no envelhecimento prematuro provocado, garantindo saúde para todas nós mulheres.

Mas lembre-se de procurar orientação antes de qualquer uso!

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