Reality shows musicais rendem ídolos, mas vencedores ainda buscam manter o ritmo
REDAÇÃO KN
A segunda edição do "The Voice Brasil" (Globo) terá seu encerramento, ao vivo, no dia 26 de dezembro, quando serpa revelado o próximo ídolo musical brasileiro. Existem alguns que, depois da vitória, alem de cantar, querem ralar muito para não ser naufragado no mar do esquecimento.
Os reality-shows ganharam força no Brasil na década de 2000 como uma tentativa de resgate da época áurea da música na TV, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, com concursos e festivais que celebravam canções e artistas novos.
O primeiro reality musical na Globo foi o "Fama". Estreou em 2002 de lá saíram artistas que, mesmo sem alcançar o primeiro lugar, conseguiram um lugar ao sol. uma das participantes, Roberta Sá, não se adequou ao estilo do "Fama Bis" em 2002 e foi eliminada na quarta semana. Hoje, ela é musa da geração mais recente da MPB, flerta com o samba e já tem quatro discos de estúdio gravados, tendo estabelecido duetos com Alejandro Sanz e Chico Buarque.
Houve os que vieram e venceram, mas que hoje ainda buscam os holofotes. Em 2008, Rafael Barreto, de Salvador, venceu o "Ídolos" da Record, deixando para trás o favoritismo de Maria Cristina. Como combinado, gravou um disco, "Pensando em Você", lançado pela Sony em um contrato de um ano. Não deu certo, e meses depois Barreto voltou ao obscuro grupo daqueles que batalham a vida na música.
Rafael chegou a gravar mais um álbum por conta própria em 2010, com distribuição apenas em Salvador. Nos últimos anos, deixou o pop romântico de lado para se inserir no universo da música sertaneja, e agora em seu novo single, "Patricinha". "No meio sertanejo, gravar disco e não conseguir divulgar da forma certa é ruim. O negócio é investir em uma música e trabalhá-la no mercado. Estou apostando".
o "The Voice" estreou na Globo uma década depois do "Fama", tentando deixar para trás o fantasma de que o vencedor tem como destino o ostracismo. Aproveitando o consumo de música pela internet, uma das medidas para auxiliar na divulgação dos artistas é a comercialização no iTunes das canções interpretadas no programa. Na sexta-feira (6), o top 10 do serviço de música digital tinha cinco faixas vindas do reality show, com a interpretação do cantor Sam Alves para "Pais e Filhos", da Legião Urbana, liderando o ranking de vendas. Os direitos dos materiais são da gravadora Universal.
Vencedora da primeira edição, Ellen Oléria já tinha uma carreira conceitualmente consolidada no passado, ainda que não pertencesse a nenhuma grande gravadora. "Eu percebo que o público brasileiro é sedento por novos artistas para se emocionar".
Com três álbuns lançados como artista independente, hoje a brasiliense colhe os frutos do quarto disco, o primeiro lançado por uma major, a Universal. O material é parte do prêmio que recebeu, que incluía ainda R$ 500 mil e um contrato "básico, de 5 anos" com a gravadora.
Com informações do UOL
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