A tecnologia vem transformando todos os aspectos de nossas vidas, e a área da Educação Física não poderia ficar de fora dessa revolução. Com o avanço dos aplicativos e dispositivos inteligentes, os recursos tecnológicos vêm exercendo grande influência na forma como praticamos exercícios e nos envolvemos em atividades físicas. O papel das plataformas online nesta transformação são importantes, mas como qualquer situação, existem pontos positivos e negativos que precisam ser observados para garantir mais qualidade de vida.
Com a crescente disponibilidade da tecnologia, os esportistas podem ter acesso fácil à informação sobre treinos, nutrição, dicas de saúde e bem-estar. Fundamental também no fortalecimento da motivação, engajamento, aumento da autonomia e flexibilidade, além de ser um grande aliado no dia-a-dia agitado da população.
“Por meio dos programas de treinamento virtual temos acesso a recursos interativos e o processo de exercitar-se é mais divertido e estimulante, além de poder ser feito em qualquer lugar e momento. Outro detalhe é a oportunidade de acompanhar o progresso, os desafios, como, também, os dispositivos de monitoramento, que permite um acompanhamento mais preciso e eficiente, bem como oferecem um resultado fidedigno da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de mostrar toda a desenvoltura dos alunos”, disse a educadora física e especialista em Educação Inclusiva, Hegle Pereira.
Apesar de todos os benefícios mencionados, a profissional alerta para a dependência excessiva dos usuários, sem a conexão com o instrutor e orientação personalizada e adaptada as necessidades e objetivos individuais. “Embora as plataformas online ofereçam orientação, guias de treinamento e dicas de especialistas, é crucial ter cuidado ao seguir as instruções sem supervisão adequada. Com um aplicativo, o aluno tem acesso a um treino geral de perca de peso ou ganho de massa magra, que é comum a todos”.
Ela explica que uma exposição constante à tecnologia durante os treinos pode levar a distrações e falta de concentração, comprometendo a qualidade e os benefícios dos exercícios. “Ao exercitar-se de maneira errada, não será possível corrigir os exercícios que reduz os riscos de lesões e problemas de saúde. Geralmente os erros podem ocorrer em algum momento de desatenção, exagero de pesos, movimentos bruscos e intensidade dos treinos”, frisou Hegle Pereira, que também é professora do curso de Educação Física da UniFTC Vitória da Conquista.
Segundo a professora, à medida que avançamos nessa era tecnológica, é fundamental que os profissionais da Educação Física, os educadores e os próprios usuários estejam atentos aos benefícios e desafios proporcionados pela tecnologia. “A integração inteligente da tecnologia pode certamente enriquecer a experiência de praticar exercícios e levar a um estilo de vida mais saudável e ativo”, pontuou.
Hegle Pereira completa dizendo que é fundamental que os usuários estejam cientes de seus próprios limites e consultem profissionais qualificados sempre que necessário. “É essencial encontrar um equilíbrio saudável entre o uso da tecnologia e a vivência real da atividade física. Até que ponto vale utilizar a tecnologia sem ter uma orientação e monitoramento presencial? Mas no sentido geral, evitando o sedentarismo; é um grande aliado na promoção da saúde”, concluiu.
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