Foto: Anderson Rocha
POR BEATRIZ DUARTE*
A sexta edição do Festival Suíça Bahiana (FSB), realizada no último final de semana em Vitória da Conquista (BA), teve o privilégio de receber bandas e artistas do Brasil e da América Latina, que circularam pelos três dias de evento. O carioca Rubel, foi um destes artistas que prestigiaram os shows um dia antes de sua apresentação, no domingo (21).
O FSB também contou com as ilustres presenças de produtores que movimentam o cenário de festival independentes da Bahia. Rogerio Big Bross, realizador do festival BigBands (Salvador), falou da importância destes eventos. “Estes festivais vêm editar a nova música da Bahia, a música que não toca nas rádios, uma música que não chega ao acesso de todo mundo, se tem algo novo acontecendo na cidade com certeza é por causa desses festivais.”
Segundo Gilmar Dantas, um dos responsáveis por consolidar o Suíça Bahiana como um dos principais festivais do sudoeste baiano, “a diversidade de estilos musicais, e a nova música brasileira traz um comprometimento muito grande”. Ele afirmou que “apresentar o novo é uma responsabilidade muito grande, bem como a cena local incluindo também o interior da Bahia”.
Para Joilson Santos, do Feira Noise Festival (Feira de Santana), as dificuldades para montar festivais independentes são recursos e verba. “O ideal é conseguirmos contaminar a cidade com o festival e enquanto a gente não consegue romper algumas barreiras de nicho, encontramos dificuldade de garantir recursos para a execução dos festivais, então a meta é ampliar ao máximo e tentar atingir um grande público para que o festival cresça a cada ano”, contou.
“Imagina a quantidade de moleque que vai sair daqui instigado a montar uma banda”, destaca Big Bross. “Você tem que fortalecer as bandas da cidade, os artistas da cidade, para estimular a tocar durante o ano e para que tenhamos atração locais fortes, enchendo a galera de esperança e fé já que o Suíça Bahiana, o Feira Noise e o Big Bands acontecem”.
Sobre trazer atrações a nível internacional nesta edição do FSB, Gilmar Dantas destacou que essa sempre foi uma vontade do Coletivo Suíça Bahiana. “Tínhamos essa vontade de ter conexão com a América Latina. A gente sente que há essa barreira talvez um pouco natural por conta do idioma, mas que tem que ser quebrada. A música brasileira tem muito a ver com a música latina, precisa estar cada vez mais forte. Acho muito importante buscar o intercâmbio dessas culturas”, concluiu.
*Beatriz Duarte é estudante de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e participou da oficina de Assessoria de Imprensa do Festival Suíça Bahiana.
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