segunda-feira, 16 de julho de 2018

A FLIGÊ COMEÇA ANTES EM MUCUGÊ. ENTENDA;


POR AILTON FERNANDES
Assessoria


Contar as histórias dos becos, das ruas, das grutas e das trilhas de Mucugê. Esse foi o desafio proposto pela coordenação pedagógica da Feira Literária de Mucugê para professores e estudantes da rede municipal de ensino, com o projeto “O Elixir da História: doses de letra e vozes na narrativa interconectada”. A coordenação pedagógica da Feira é responsável por conectar a comunidade escolar da cidade com a programação da Fligê, reforçando o seu propósito de fomentar a leitura.


Através da produção de pequenos vídeos, com seus próprios celulares, os alunos irão registrar com imagens, sons e textos relatos da oralidade da Chapada Diamantina. Os vídeos finalizados, em formato de minidocumentários, serão disponibilizados na internet e em formato de DVD para as escolas do município.

“É uma narrativa interconectada. O aluno grava seu avô, sua avó, seus antepassados, um conhecido, qualquer pessoa, contando histórias, irão resgatar as memórias”, explicou a coordenadora pedagógica da Fligê, a professora Lana Sheila Rocha, durante encontro com professores na cidade. “Mucugê guarda muitas histórias e a gente não pode perder essa essência”, provocou.

Para a secretária de Educação, Marilene Oliveira, o projeto pedagógico da Fligê faz com que a feira comece bem antes para a cidade. “No primeiro semestre a gente já começa a se articular e a respirar a Fligê, que é hoje um dos melhores eventos da educação no nosso município, pois possibilita um espaço de conhecimento muito grande, principalmente para os moradores de Mucugê”, afirma a secretária.

A rede municipal de ensino de Mucugê é formada por 2600 alunos, cerca de 100 professores e 25 escolas, sendo 19 na zona rural. 

A exibição dos vídeos e o lançamento do DVD acontecem no sábado, dia 18 de agosto, às 8 horas, na Praça dos Garimpeiros.


Fligê é música também!

Desde o seu primeiro momento até o seu último ato, a Feira Literária de Mucugê (Fligê) é permeada pela música. Na sua terceira edição, os espetáculos musicais serão celebrações da palavra cantada, com atrações para todos os públicos.

A própria abertura da Feira, no dia 16, como uma espécie de chamamento, acontece com uma manifestação cultural da própria cidade: o desfile da tradicional Filarmônica 23 de Dezembro e, em seguida, a apresentação do Coro Livre de Mucugê. À noite, após a solenidade de abertura, um concerto com o maestro João Omar de Carvalho Mello irá homenagear a escritora Conceição Evaristo, com leituras de trechos de sua obra e execução de uma peça musical inédita, composta para a escritora.

No segundo dia, a programação musical continua a partir das 18 horas, com o show Ana de Hollanda Canta e Conta a Bossa Nova. Acompanhada pelo violonista e arranjador Alexandre de la Peña, Ana cantará clássicos do período, assim como outras canções adaptadas para o estilo. Durante a apresentação, para contextualizar historicamente, ela relata acontecimentos curiosos, muitos desconhecidos pelo público.

A programação da sexta-feira, 17, termina com outro grande show. Dialogando com a temática da feira, o cantor Chico César levará para a Praça dos Garimpeiros o aclamado show “Estado de Poesia”. O paraibano, autor de Mama África e À Primeira Vista, viaja por diversos ritmos regionais, combinando elementos de frevo, xote, samba, forró, toada e reggae, em uma mistura solar e colorida. Amor e crítica social também estarão no palco através das suas canções.

No dia 18, a música começa logo cedo. Às 10 horas, a conquistense Yanna Gusmão, acompanhada por João Luiz no violão, interpreta clássicos da MPB e canções de novos talentos, entre as duas partes da sessão Livro D’Falas e D’Versos, no Centro Cultural. À noite, uma voz militante será a responsável pelo show de encerramento do terceiro dia, a cantora Rita Benneditto (foto abaixo).

Em “Benneditto Seja”, Rita passeia pelos sons de tambores e sambas de roda à perfeita introspecção do seu canto contido e emocionado, reafirmando suas infinitas influências, pulsações rítmicas e melódicas. Composições de Roberto e Erasmo, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso e João Nogueira fazem parte do repertório.

Em seu desfecho, o dia de domingo da Fligê será repleto de música, em diversos tons. Às 9 horas da manhã, o feirense Dann Silveira abre a programação do Centro Cultural com o show “Enquanto houver poesia”, um momento de interação com o público, onde o palco é livre e provoca um clima descontraído e alegre. 

Para o público infantil, às 14 horas, dentro da programação da Fligezinha, a cantora Badi Assad apresenta “Cantos de Casa”, onde transforma diversos objetos em instrumentos musicais e convida as crianças para brincar. Um show diferenciado, que usa também a linguagem teatral, dentro de uma casa imaginária, cheia de música e brincadeiras. 

Pela primeira vez numa feira literária, o cantor Chico Brown se apresentará às 16 horas na Fligê. O show traz um apanhado de versões e abordagens experimentais de clássicos renomados, peças instrumentais e canções autorais inéditas de Chico. Filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque, o músico não deixará de reverenciar suas influências familiares e artísticas ao longo do repertório.

Os últimos arranjos e acordes estarão sob a batuta do maestro João Omar, que retorna à programação da Fligê, dessa vez acompanhado da Orquestra Conquista Sinfônica, para apresentar o concerto Sinfonia Popular. Como forma de aproximar mais o público do universo sinfônico, o repertório idealizado faz uma travessia de Elomar (Arrumação) a Ira! (Flores em Você), passando por Luiz Gonzaga, Roberto Carlos e Heitor Villa-Lobos.

Mais informações sobre os espetáculos musicais, no site: www.flige.com.br/2018/espetaculos


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